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Conheça a lesão na coluna vertebral do professor João Moura

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Professor João Moura sofreu fraturas dos processos transversos das vértebras lombares L3 e L4 da coluna vertebral.

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A lesão que o professor João Moura sofreu na coluna vertebral foi muito parecida ao qual o jogador do Barcelona Neymar sofreu na copa de 2014. Ou seja, quando o professor estava realizando a prática de futsal em um determinado momento ele foi dominar a bola e recebeu uma forte pancada na região lombar esquerda da coluna vertebral. Imediatamente, o professor João Moura caiu no chão sentindo fortes dores na região, que o impossibilitaram de continuar no jogo.

Entretanto, ele (professor João) imaginava que a dor que estava sentindo era apenas em virtude da pancada na musculatura da região. Porém, no dia seguinte as dores continuaram muito forte. Junto com a forte dor também começou a ocorrer limitação dos movimentos. Diante disso, o professor procurou um atendimento médico especializado. Ao realizar o exame de raio-x ficou constatado que o professor havia sofrido uma fratura dos processos transversos do lado esquerdo dos corpos vertebrais ou vértebras lombares de L3 e L4. Além, da fratura ocorreu um deslocamento lateral e deslizamento para baixo dos fragmentos ósseos.

Quais as características da coluna vertebral?

A coluna vertebral forma aproximadamente dois quintos da altura total do corpo. É composta de uma série de ossos chamados de vértebras. Em conjunto com o osso esterno e a costelas a coluna vertebral forma o esqueleto do tronco do corpo. Essa região do corpo humano (coluna vertebral) é formada por ossos e tecido conjuntivo.

Com aproximadamente 71 cm de comprimento, em um homem adulto, e aproximadamente 61 cm de comprimento, em um mulher adulta, a coluna vertebral atua como uma haste flexível e resistente, apresentando elementos que movem-se para frente, para trás, para os lados e em rotação. Além de envolver e proteger a medula espinhal, a coluna vertebral suporta a cabeça e atua como um ponto de fixação para as costelas, cíngulo dos membros inferiores e músculos do dorso e dos membros superiores.

Durante o início do desenvolvimento o número total de vértebras ou corpos vertebrais é em torno de 33. Entretanto, a medida que a criança cresce, diversas vértebras nas regiões coccígea e sacral fundem-se. Como consequência desse fenômeno fisiológico, a coluna vertebral do adulto normalmente apresenta 26 vértebras ou corpos vertebrais. Diante disso, em um adulto as vértebras são divididas da seguinte forma ao longo da coluna vertebral:

– 7 vértebras cervicais;

– 12 vértebras torácicas;

– 5 vértebras lombares;

– 5 vértebras sacrais fundidas;

– 4 vértebras coccígeas.

Um ponto importante a salientar é que as vértebras cervicais, torácicas e lombares são móveis. Porém, as vertebrais sacrais e coccígineas são fixas.

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Links para o seu guia de estudo dobre o tema:

Quais as características das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral?

Em vista anterior ou posterior a coluna vertebral parece reta. Entretanto, quando analisada em vista lateral ou perfil, é possível notar quatro pequenas curvaturas, que são denominadas de curvaturas naturais e fisiológicas da coluna vertebral. As curvaturas cervical e lombar são convexas, ou seja, curvam-se anteriormente. Essas curvaturas são denominada de lordose cervical e lombar. Já as curvaturas torácica e sacral são côncavas, ou seja, curvam-se posteriormente. Essas curvaturas são denominas de cifoses.

As curvaturas aumentam a resistência da coluna vertebral, ajudam a manter o equilíbrio na posição ereta, absorvem melhor os impactos durante o caminhar e protege as vértebras contra fraturas. Um feto possui apenas uma única curvatura côncava anteriormente. Aproximadamente, aos o terceiro mês de nascimento, quando um recém-nascido começa a manter a cabeça ereta, a curvatura cervical começa a ser formada. Mais tarde, quando a criança começa a sentar, ficar de pé e andar, a curvatura lombar começa a ser desenvolvida. As curvaturas torácica e sacral são chamadas de primárias, porque se formam primeiro, durante o desenvolvimento do feto. As curvaturas cervical e lombar são chamadas de secundárias porque se forma mais tarde. Um ponto importante a salientar é que normalmente todas as curvaturas estão completamente desenvolvidas por volta dos 10 anos de idade.

Quais as características dos corpos vertebrais ou vértebras da coluna vertebral?

Os corpos vertebrais ou vértebras em diferentes regiões da coluna vertebral variam de tamanho, forma e particularidades. Porém, de um modo de geral são semelhantes, ou seja possuem as mesmas características morfológicas.

– Corpo vertebral: é a parte mais espessa e discoide é parte da vértebra que sustenta o peso. Suas fases superior e inferior são enrugadas para fixação dos discos intervertebrais cartilaginosos. As faces anterior e lateral contêm os forames nutrícios, orifícios através dos quais os vasos sanguíneos transportam nutrientes e oxigênio, removem o dióxido de carbono e resíduos do tecidos ósseos;

– Arco vertebral: dois processos curtos e espessos, os pedículos, projetam-se, posteriormente, a partir do corpo vertebral para se unirem a laminas planas, formando com isso o arco vertebral. O arcos vertebral estende-se posteriormente a partir do corpo vertebral. Dessa forma, junto ao corpo e arco vertebral envolvem a medula espinhal, formando com isso o forame vertebral. Nesse local está a medula espinhal, tecido adiposo, tecido conjuntivo areolar e vasos sanguíneos. De forma coletiva os forames vertebrais de todas as vértebras formam o canal vertebral. Por sua vez, os pedículos apresentam endentações superiores e inferiores, chamadas de incisuras vertebrais. Quando as incisuras vertebrais estão empilhadas, formam uma abertura entre as vértebras adjacentes em ambos os lados da coluna vertebral. Cada abertura dessa, é chamada de forame intervertebral, permitirá a passagem de um único nervo espinhal.

-Processos: Sete processos originam-se do arco vertebral. No ponto aonde a lâmina e o pedículo encontram-se, um processo transverso estende-se lateralmente de cada lado. Um único processo espinhoso projeta-se posteriormente a partir da junção lamina. Esses três processos atuam como ponto de fixação para músculos. Os quatro processos restantes formam articulações com outras vértebras acima ou abaixo. Os dois processos articulares superiores de uma vértebra articulam-se com os dois processos articulares inferiores da vértebra imediatamente acima. Por sua vez, os dois processos articulares inferiores daquela vértebra se articulam com os dois processos articulares superiores da vértebra imediatamente inferior, e assim por diante.  As superfícies articulares dos processos são chamadas de faces articulares e são recobertas com cartilagem hialina.

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Como ocorreu e qual o ponto exato da coluna vertebral da lesão do professor João Moura?

A lesão que o professor João Moura sofreu é muito parecida a sofrida pelo jogador do Barcelona Neymar na copa do mundo de 2014 no Brasil. Ou seja, durante a pratica de uma partida de futsal ao meio dia na FURB (universidade que o professor João Moura ministra suas aulas), quando ele (professor João Moura), foi dominar uma bola um adversário o acertou uma joelhada na região lombar da coluna vertebral do lado esquerdo. Imediatamente, o professor João Moura, cai no chão sentindo muitas dores. Essas fortes dores impossibilitaram de continuar a partida de futsal.

Com essa “pancada” sofrida o professor João Moura sofreu uma fratura em dois processos transversos de L3 e L4. Ou seja, ocorreu uma fratura, um deslocamento e deslizamento para baixo dos processos transversos ou apófises transversas do lado esquerdo dos corpos vertebrais de L3 e L4.

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Quais as características da fratura que o professor João Moura teve na sua coluna vertebral?

A lesão que o professor João Moura sofreu, ou seja, a fratura de processo transverso é relativamente rara. Esse tipo de fratura ocorre geralmente em virtude a produção de movimentos de torção ou inclinação lateral extremos, repentinos e explosivos do corpo. Outra forma que pode-se desenvolver uma fratura nessa região é em virtude de uma forte impacto sobre essa região da coluna vertebral, que foi o caso do professor João Moura.

Um outro fator que poderá levar a ocorrência de fraturas nos processos transversos ou apólices transversais da coluna vertebral é a avulsão. Ou seja, a avulsão é o quando um músculo “puxa” o osso no momento da ocorrência da contratura. Quando ocorre uma tração forte e aguda dos músculos que se inserem nessa região da coluna vertebral poderão gerar essas fraturas. Um exemplo disso é o músculo quadrado lombar, pois o mesmo insere-se nos últimos processos transversos lombares. Com isso, uma forte contratura desse músculo poderá levar a uma ou mais fraturas dessa protrusão óssea em virtude da avulsão apresentada acima. Muito provavelmente a lesão que o professor João Moura sofreu foi em virtude de uma avulsão.

Qual o músculo que potencialmente podem ter gerado a lesão da coluna vertebral do professor João Moura?

O músculo quadrado lombar tem um ponto de fixação na crista ilíaca da pelve e outro ponto de fixação nas últimas costelas flutuantes e também  nos processos transversos dos corpos vertebrais da coluna vertebral, como vocês podem notar na imagem abaixo.

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Com essa caraterística de fixação descrita acima o músculo quadrado lombar tem o poder de tração sobre a pelve e sobre os processos transversos e costelas flutuantes. Esse é um ponto importante para frisar para vocês seguidores, pois provavelmente a lesão que o professor João Moura sofreu foi em virtude de uma avulsão desse músculo. O músculo transverso do abdômen também poderá levar a produção desse tipo de fratura por avulsão, pois o mesmo insere-se sobre a fáscia toracolombar, que por sua vez está fixada aos processo transversas da coluna vertebral. Outro músculo que também pode gerar fratura dos processos transversos por avulsão é o músculos psoas. Entretanto, a produção de avulsão por esse músculo (psoas) iria gerar uma fratura do processo transverso próximo ao corpo vertebral e, como vocês puderam identificar nas imagens apresentadas o professor João Moura apresentou fraturas nas pontas dos processos transversos. Dessa forma, a hipótese de uma avulsão do músculo psoas ter gerado as fraturas é afastada.

Um ponto importante a analisar para conseguir identificar qual o músculo que potencialmente gerou essa fratura por avulsão é que os músculos transverso do abdome e quadrado lombar inserem-se na fáscia toracolombar, e que por sua vez insere-se nos processos transversos e ligamentos intertransversais.  Ou seja, é importante salientar que os processos transversos são pontos de ancoragens de músculos e também de ligamentos que sustentam a coluna vertebral.

Um outro ponto a analisar para identificar qual o músculo que gerou a lesão por avulsão é identificar a linha de tração do músculos transversos do abdome e quadrado lombar.  A linha de ação ou tração do músculo transverso do abdome é para fora, ou seja, quando a tensão desse músculo produzirá uma tensão na direção de dentro para fora do processo transverso. Já a linha de tração ou ação do músculo quadrado lombar é obliqua em dois sentidos sendo elas: para cima e para fora e para baixo e para fora. Porém, o músculo que tem a linha de ação comprovadamente mais efetiva para provocar a fratura do processo transversos das vértebras lombares é o transverso do abdômen.

Com essas informações analisando ao analisar a radiografia do professor João Moura pode-se notar que os processos transversos fraturados sofreram um deslocamento para fora e para baixo. Diante disso, parece que o músculo que causou as fraturas por avulsão foi o quadrado lombar.

Em média qual o tempo necessário para a recuperação desse tipo de lesão da coluna vertebral?

Em indivíduos que sofreram lesões isoladas de processo transverso de vértebras lombares, em média o tempo para voltar a andar é de 16 dias. Já após dois meses potencialmente o indivíduo já conseguirá voltar as suas atividades normais sem a presença de dores. Entretanto, como o professor João Moura sofreu o trauma e imediatamente saiu caminhando para tomar banho e entre outas atividades a sua recuperação tornou-se mais lenta.  Pois o mesmo imaginava que estivesse levado apenas um golpe na musculatura e que essa dor estava associada e esse fator. E isso só intensificou o trauma do professor.

É importante comentar que durante o período em que osso não está calcificado, o indivíduo não deverá movimentar excessivamente a região da fratura. Pois isso, poderá interferir e retardar o processo de cicatrização óssea. Diante disso, nessa fase aguda da recuperação os médicos orientam o uso de um cinta ou coleta abdominal, com o objetivo que a musculatura relacionada a lesão não seja solicitada. E também o uso do cinto buscará manter uma estabilidade lombopélvica.

Durante o período de recuperação a mobilização dos tecidos moles associada aos recursos termoterapeuticos poderá acelerar a recuperação e assim o retorno as atividades. Já o tempo médio de retorno ao esporte é em torno de 3,5 semanas.

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Quais os sintomas que um indivíduo potencialmente terá ao sofrer uma fratura de processo transverso da coluna vertebral?

Um indivíduo que sofre algum tipo de fratura nos processos transversos dos corpos vertebrais podem ser acometidos por:

– dor intensa, súbita, na região da coluna vertebral, no momento da ocorrência da lesão;

– fraturas nessa região levam à limitação do movimento da coluna e dor ao inclinar e girar a coluna para o lado afetado;

– e por fim, em alguns casos há dor na apalpação local e inchaço na área afetada.

O que o indivíduo deverá fazer caso tenha a suspeita que sofreu uma fratura nos processos transversos dos corpos vertebrais da coluna vertebral?

Caso o indivíduo sofra uma pancada por exemplo na região da coluna vertebral e suspeite que ocorreu uma fratura o mesmo deverá tomar as seguintes atitudes;

– procurar prioritariamente atendimentos médico o mais rápido possível;

– realizar uma radiografia para buscar identificar a extensão da lesão e pesquisar lesões associadas em outras partes das vertebras;

–  em alguns casos, algumas lesões não são perceptíveis com a realização de um raio-x simples, ou em outros órgãos como lesão renal, no baço, hematomas junto ao músculo iliopsoas ou de outras estruturas abdominais e devem ser investigados devido ao grau de energia da lesão em questão. Diante disso, uma ressonância magnética poderá ser realizada.

Quais os princípios o professor João Moura está utilizando para nortear a recuperação da sua lesão na coluna vertebral?

Para nortear o seu processo de recuperação o professor João Moura está seguindo alguns princípios que estão expostos na literatura, sendo eles:

– restaurar a anatomia e fisiologia do segmento lesionado;

– estabelecer a função máxima e estabilidade do segmento lesionado;

– identificar a presença de dor residual mínima;

– prevenção de incapacidade futura, ou seja, o professor está visando retornar as seus movimentos funcionais;

– retorno as atividades profissionais.

Um ponto importante a salientar é que durante o período de recuperação em que o osso não está consolidado o indivíduo não deverá movimentar-se a região. Esse cuidado deverá ser tomado para evitar o risco de interferência e retardo no processo de cicatrização óssea. Diante dessa informação, o professor João Moura durante o início da sua recuperação fez a utilização de uma cinta lombar para reduzir ao máximo os movimentos.

Seguidores, não percam a vídeo aula de hoje e identifiquem como ocorreu a lesão na coluna vertebral do professor João Moura.

 

 

 

 

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