O professor João Moura apresenta as patologias estruturais na coluna vertebral de hérnia de disco, osteófitos, espondilolistese e espondilólise.
Em exames realizados no ano de 2014, o professor João Moura identificou que apresenta discopatia degenerativa em C3 e C4, entre C4 e C5 e, C6 e C7. Essa discopatia degenerativa é caracterizada por uma redução na altura dos discos intervertebrais entre esses corpos vertebrais da coluna vertebral apresentados acima. Também identificou-se um abaulamento discal em C3-C4, C4-C5 e C6 e C7. Todavia esse abaulamento é de maior magnitude entre C6 e C7 o que caracteriza a presença de uma hérnia discal nessa região da coluna vertebral cervical.
Nos exames também foi identificado a presença de osteófitos marginas (bico de papagaio) que são proliferações ósseas, nos corpos vertebrais de L4 e L5. Por fim, nos exames realizados em 2014 ficou diagnosticado que o professor João Moura apresentava uma espondilólise e espondilolistese entre L4 e L5. Porém, no exame realizado em 2016 após a “pancada” que o mesmo recebeu em um jogo de futsal que originou a fratura de dois processos transversos de L3, ao analisar o exame com o traumatologista, o professor João Moura identificou que a espondilolistese em L4 não apresenta-se mais. Ou seja, os processos espinhosos projetaram-se e ocorreu uma conecção entre os mesmos. Com isso, houve uma readaptação mecânica da coluna vertebral na região lombar, assim produzindo o desaparecimento da espondilolistese. Por outro lado, provavelmente em virtude da forte pancada na região de L3 no jogo de futsal, produziu-se um pequena espondilolistese, entre L3 e L4. Ou seja, ocorreu um deslizamento anterior do corpo vertebral de L3 sobre o corpo vertebral de L4.
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O que é a patologia estrutural na coluna vertebral denominada de hérnia de disco? E qual a localização da hérnia de disco que o professor João Moura apresenta em sua coluna vertebral?
A patologia estrutural da coluna vertebral de hérnia de disco é um processo no qual ocorre uma ruptura do anel fibroso do disco intervertebral, como subsequente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais. Essa patologia estrutural da coluna vertebral é considerada pela literatura extremamente comum, tendo como principal característica causar sérias inabilidades em seus portadores. A literatura científica especializada estima que de 2 a 3% da população seja acometida por essa patologia estrutural.
Essa patologia estrutural é frequentemente identificada em indivíduos entre 30 a 50 anos. Vários fatores podem levar ao surgimento dessa patologia como, causas ambientais, adoção de má postura, desequilíbrios musculares e possivelmente uma influência genética. A hérnia de disco que o professor João Moura possui está presente na região cervical da coluna vertebral.
Em 2014, quando o professor João Moura estava realizando a pratica do futevôlei, ao executar um determinado movimento de ataque no jogo, ele (professor João Moura) sentiu uma forte dor aguda na região cervical da coluna vertebral. Essa dor produziu uma espécie de “travamento”, impossibilitando o mesmo de conseguir realizar os movimento da região cervical da coluna vertebral. Diante disso, o professor João Moura, procurou um atendimento médico, ao qual o mesmo solicitou a realização de um exame de ressonância magnética na região cervical da coluna vertebral. O laudo do exame demonstrou que o professor João Moura apresentava discopatia degenerativa dos corpos vertebrais de C3 e C4, C4-C5 e C6 e C7. Laudo demonstrou também que na região cervical da coluna vertebral o professor João Moura apresenta um abaulamento do disco difuso entre C3 e C4 e C4 e C5. Identificou-se ainda a ocorrência de um abaulamento entre C6 e C7. Entretanto, esse abaulamento entre C6 e C7, por ser mais agressivo caracteriza a presença de uma hérnica discal com características centrolateral, foramidal esquerda entre C6 e C7. Essa hérnia reduz a amplitude do forame de conjugação e faz com que ocorra contato com a raiz nervosa de C7.Esse contato descrito foi o responsável pelas fortes dores na região cervical sentido pelo professor. Ou seja, o abaulamento sofrido pelo disco intervertebral entre os corpos vertebrais de C6 e C7 foi mais intenso que os abaulamentos dos discos intervertebrais entre os corpos vertebrais de C3 e C4, C5- C6, por isso caracterizando uma hérnia discal entre essas duas últimas vertebrais cervicais (C6-C7).
O que é a patologia estrutural da coluna vertebral denominada de osteófitos?
A patologia estrutural da coluna vertebral denominada de osteófitos é um crescimento excessivo do osso saudável nas vértebras, tendo um papel importante na proteção contra forças compressivas que excedem a capacidade de resistência do osso. Os osteófitos são conhecidos popularmente como bico de papagaio. Além da proteção, alterações mecânicas e degeneração são alguns fatores do processo comum do envelhecimento da coluna vertebral, tendo como consequência o surgimento dos osteófitos. Alguns pesquisadores tem demonstrado a existência de dois tipos de osteófitos marginais. O primeiro consiste na proteção para o espaço articular e o segundo no desenvolvimento das inserções capsulares das extremidades das articulações.
A literatura apresenta que uma das causas do surgimento da patologia estrutural dos osteófitos é em virtude de forças de compressão em que a coluna vertebral do indivíduo é submetida. Os osteófitos na região cervical da coluna vertebral são comuns no envelhecimento. Já os osteófitos na região torácica são relatados com menor frequência. Os osteófitos também podem refletir a presença de doença degenerativa. A literatura apresenta que existe correlação dos osteófitos com doenças degenerativas em decorrência da presença de escoliose. Por fim, os osteófitos estão intimamente relacionados com a degeneração óssea, diminuição do espaço interdiscal e progressiva destruição dos discos intervertebrais, o que explica sua incidência aumentar com o avanço da idade.
O professor João Moura ao realizar o exame de raio-x da sua coluna vertebral identificou que apresenta osteófitos marginais nos corpos vertebrais de L4 e L5. Ou seja, o professor João Moura apresenta no corpo vertebral de L4 e L5 uma proliferação ósseo projetado anteriormente que caracteriza a presença dos osteófitos ou “bico de papagaio”.
O que são as patologias estruturais da coluna vertebral de espondilólise e espondilolistese? E em qual região da coluna vertebral o professor João Moura apresenta essas patologias?
A patologia estrutural de espondilolistese é um deslizamento ou escorregamento de um corpo vertebral sobre outro corpo vertebral adjacente. Ou seja, espondilolistese é definida como uma translação de uma vértebra sobre a outra em sentido anterior ou posterior. Em indivíduos adultos a espondilolistese normalmente ocorre na região lombar da coluna vertebral, como resultado de um defeito na arquitetura óssea, trauma ou processo degenerativo. As espondilolistese são dividias em alto grau que é caraterizado por um escorregamento maior do que 50% e baixo grau que é caracterizada por um escorregamento menor que 50%. Já a espondilólise é caracterizada por um fratura nas apófises vertebrais posteriores. A literatura apresenta que a incidência de espondilólise na população geral é de cerca de 6%, com uma proporção maior nos homens de que em mulheres.
A literatura científica especializada apresenta também que a espondilólise e espondilolistese são duas condições que envolvem mudanças diretamente na vértebra. Ou seja, a espondilólise é definida como um defeito com descontinuidade óssea do segmento intervertebral, região da lâmina entre os processos articulares superiores e inferiores. Dessa forma, a progressão desse defeito poderá resultado em espondilolistese, que é uma subluxação de duas vértebras adjacentes, como citado acima no texto. Estudos ainda indicam que 50 a 80% dos indivíduos que possui espondilólise apresentam também espondilolistese.
Nos exames que o professor João Moura realizou diagnosticou-se a presença de espondilólise no corpo vertebral de L4 e associado a essa espondilólise a ocorrência de uma espondilolistese. Ou seja, o professor João Moura apresenta uma fartura das apófises ou facetas no corpo vertebral de L4 e isso produziu um escorregamento anterior da vértebra de L4 sobre a vértebra de L5, caracterizando assim uma espondilolistese. Um ponto importante a salientar é que a ocorrência dessa espondilólise em L4 produziu uma grande redução do espaço intervertebral entre L4 e L5 e uma menor redução entre L5 e S1. Entretanto, ao analisar o seu raio –x com o traumatologista que o acompanha identificou uma maior redução do espaço intervertebral na face posterior entre L4 e L5. Isso caracteriza um potencial deslocamento do corpo vertebral de L5 posteriormente. Esse deslocamento é denominado de retrodeze.
Entretanto, ao realizar a análise de um exame realizado em 2016 o professor João Moura e o traumatologista identificaram que ocorreu uma readaptação mecânica da coluna vertebral. Ou seja, no local aonde apresentava-se a espondilolistese ocorreu uma projeção dos processos espinhosos e essas projeções conectaram-se. Com isso, aonde havia a presença de uma espondilolistese não existe mais. Diante disso, podemos concluir que o corpo produziu adaptações para readequar da melhor forma a coluna vertebral. Concluindo ocorreu um remodelamento das apófises posteriores para proporcionar a coluna vertebral sustentar as cargas projetadas sobre a mesma.
Qual o outro problema que surgiu na coluna vertebral do professor João Moura após a “pancada” sofrido no jogo de futsal?
Também ao analisar o último exame realizado em 2016, o professor João Moura e o traumatologista identificaram que ocorreu uma espondilolistese no corpo vertebral de L3. Ou seja, provavelmente em virtude da “pancada” produzida no jogo de futsal que originou a fratura dos processos transversos de L3, também produziu-se um deslizamento anterior ou um escorregando do corpo vertebral de L3 sobre o corpo vertebral de L4. Entretanto, esse escorregamento foi mínimo, como vocês verão no vídeo.
Seguidores, não percam a vídeo aula de hoje e assista a análise das patologias estruturais da coluna vertebral do professor João Moura.