Carga de treinamento é todo estresse ao qual um indivíduo é submetido quando encontra-se em treinamento físico. Vale salientar que não é somente o estresse físico, muito embora este, normalmente, seja o principal estresse representativo da carga, outros como estresses térmico (temperatura elevada ou extremamente baixa), psicológico (torcida adversária, pressão para ganhar a partida, etc.), hídrico (desidratação durante o processo competitivo), mental (manter a concentração sob várias horas consecutivas de disputa esportiva, como é o caso de partidas de tênis que chegam a durar mais de quatro horas), também ocorrem.
O estresse físico, obviamente, e normalmente, é o mais buscando durante um período de treinamento pois é o que está mais correlacionado com o tipo de carga de treinamento executada. Assim, a carga de treinamento físico pode ser traduzida com toda a alteração fisiológica significativa que ocorre durante o treino, como:
– diminuição das reservas fisiológicas-musculares de energia (fosfocreatina, glicogênio muscular);
– produção de metabólicos “nocivos” a contração muscular (lactato);
– microrrompimento do tecido muscular (microlesão tecidual que ocorre quando o músculo é submetido a grande nível de tensão de encurtamento por cargas pesadas);
– alterações pressóricas e cardíacas (elevação significativa da pressão arterial sistólica e da freqüência cardíaca, gerando por vezes um certo desconforto durante o treino);
– hipertermia (forte elevação da temperatura corporal), entre outros.
Texto produzido pelo Prof. Dr. João Moura – Treino em Foco
CREF 07870-G/SC