Qual a técnica de execução no crucifixo invertido que ativa mais o deltoide posterior?
É muito comum observar nas academias a execução do crucifixo invertido com halteres. Na grande maioria das vezes a inclusão no treinamento tem como principal foco produzir um trabalho de deltoide posterior, romboides maior e menor e também trapézio medial. No entanto, uma das dúvidas que surge é qual a “melhor” forma de posicionar o ombro para produzir um maior trabalho particularmente do deltoide posterior. Ou seja, será que é melhor executar com rotação interna ou com rotação externa.
Assim, ao analisar a ativação eletromiográfica do deltoide posterior e cabeça longa do tríceps braquial, observamos que a maior ativação se deu com a execução com uma rotação interna do úmero.
Mas, por que ocorreu maior ativação eletromiográfica ao executar com a rotação interna do úmero?
Uma justificativa para este cenário pode estar vinculada a um melhor alinhamento das fibras do deltoide posterior e tríceps cabeça longa em relação ao eixo do movimento. Assim, as fibras tem melhor capacidade para tracionar o úmero em direção as escapulas. Portanto, este cenário pode ter levado a maior recrutamento e frequência de disparo das unidades motoras, e que por sua vez repercutiu em maior ativação eletromiográfica.
E então, pensando do ponto de vista prático?
Caso objetivo seja realizar uma maior ativação do deltoide posterior, tríceps é importante que o personal trainer oriente o seu aluno/cliente a executar o crucifixo invertido com rotação interna e além disso até o ponto em que o ombro alcance 90° de abdução horizontal. Por outro lado, caso foco seja, realizar um trabalho significativa sobre deltoide posterior, tríceps cabeça longa, e também romboides e trapézio, é importante que durante a fase concêntrica o aluno/cliente passe do ângulo de abdução do ombro de 90° para que se produza uma movimentação dinâmica das escapulas.