Como já visualizado nas ultimas vídeos aulas o exercício de cadeira chinesa proporciona uma baixa atividade eletromiográfica do reto femoral (DiGiovani et al., 1992). Portanto, não parece ser um exercício muito efetivo para trabalhar este músculo.
Uma auto contração pode gerar uma maior atividade eletromiográfica para o reto femoral em relação a cadeira chinesa?
A resposta é sim. Nesta vídeo foi solicitado para que o modelo realiza-se uma auto contração do quadríceps hora com a perna no solo hora em suspensão. Assim, observou-se que ao realizar essa estratégia se proporcionou uma atividade eletromiográfica significativamente maior em relação a proporcionada pela cadeira chinesa.
Portanto, se fosse pensar somente do ponto de vista de atividade eletromiográfica seria mais interessante solicitar para o indivíduo realizar uma auto contração, em detrimento da cadeira chinesa.
Quais as aplicações práticas dessa informações?
Levando em consideração todas as informações geradas pelos últimos vídeos em relação a cadeira chinesa e atividade eletromiográfica do reto femoral, entende-se que pensando do ponto de vista de atividade eletromiográfica esta variação de exercício não é tão efetivo para gerar um alto grau de atividade eletromiográfica.
Este é um ponto importante, tendo em vista que a literatura tem apresentado que para proporcionar fortalecimento muscular, é necessário que se execute exercícios que proporcionariam pelo menos 40 a 50% de atividade em relação ao seu máximo. Diante disso, se o objetivo for esse para reto femoral, a cadeira chinesa ou agachamento isométrico na parede não parece ser muito interessante.
Mas se fizer um biset com outro exercício?
Apesar de não se ter testado essa lógica, acreditamos que ao utilizar por exemplo a estratégia de realizar uma série no leg press e em seguida o exercício de cadeira chinesa, a atividade eletromiográfica do reto femoral aumentará. No entanto, possivelmente não aumentará muito. Um ponto importante a salientar é que esse aumento ocorrerá em virtude de fadiga acumulada, que é um fator que eleva a atividade eletromiográfica, e não pela efetividade do exercício.
Diante disso, se caso esse for o objetivo, para manter uma atividade eletromiográfica interessante parece ser interessante aplicar um exercício que proporcione uma atividade eletromiográfica maior.
Então, a cadeira chinesa não serve para nada?
Não se deve pensar assim. Apesar de proporcionar uma atividade eletromiográfica baixa a cadeira chinesa poderá ser um exercício interessante por exemplo para um idoso que está iniciando na musculação e principalmente no exercício de agachamento, mas que ainda não possui uma boa coordenação e equilibro para executar o mesmo, seja de forma dinâmica ou isométrica.
No entanto, ao longo do tempo e com melhora no condicionamento é necessário que venha a migrar da cadeira chinesa para um outro exercício, com maior demanda muscular.