Elevação pélvica produz menor ativação do glúteo do que a ponte com barra.
Elevação pélvica – por que se executa também nas academias?
A literatura científica tem apresentado nos últimos anos, que a elevação pélvica proporciona maior ativação muscular para glúteo máximo do que exercícios como agachamento, levantamento terra, entre outros. O principal justificativa para este comportamento esta em virtude de que quando o quadril está quase totalmente estendido, é o momento em que se produz o maior braço de momento da alavanca. Ou seja, quando o músculo (glúteo máximo) está com um grau de encurtamento significativo de exige maior trabalho deste. Com isso, se produz um aumento no recrutamento de unidades motoras do glúteo máximo, o que leva elevação da atividade eletromiográfica.
Assim, este parece ser o principal fator que leva muitos praticantes que buscam produzir um trabalho significativo do glúteo máximo durante o treino, incluir a elevação pélvica e as inúmeras variações aplicadas.
Mas por que a ponte com barra ao invés da elevação pélvica, produziu maior ativação muscular do glúteo máximo?
Neste estudo que apresentamos no vídeo, os pesquisadores observaram que para a região superior e inferior do glúteo máximo maior ativação muscular ao realizar a ponte com barra. Todavia, o vasto lateral teve maior ativação muscular na elevação pélvica.
Dois pontos parecem explicar de forma mais direta esse comportamento eletromiográfico. Primeiro é que a amplitude de movimento na articulação o joelho foi maior quando realizado a elevação pélvica em relação a ponte. Assim, quando a articulação do joelho e quadril estendem de forma simultânea ocorre menor ativação muscular do glúteo máximo.
Um segundo fator é que na ponte com barra foi possível deslocar uma quilagem maior. Portanto, este fator que se conseguir aplicar maior quilagem/peso na ponte com barra também parece contribuir para explicar a maior ativação muscular.
Então, no treino realizar elevação pélvica ou ponte com barra?
Pois bem, o estudo apresentou maior ativação para a ponte com barra. Todavia, ambos exercícios apresentaram ativação muscular do glúteo máximo classificada como alta. Portanto, pensando do ponto de vista eletromiográfico, ambos proporcionam ótima ativação. Assim, selecionar ao qual o cliente melhor consiga desempenhar pode ser uma lógica bem interessante.
Além disso, na elevação pélvica é possível aplicar uma carga de esforço com o músculo (glúteo máximo) em uma posição mais alongada, final da fase excêntrica, o que poderia ser interessante a longo prazo. No entanto, para validar essa hipótese é necessário novos estudos.
Analisem a vídeo aula!!!