Qual os locais de fixação (origem e inserção) dos músculos que compõem o grupo muscular tríceps braquial?
O grupo tríceps braquial encontra-se anatomicamente localizada na face posterior do seguimento braço. Esse grupo muscular é constituído por três cabeças, que se diferenciam nos pontos de origem, ou seja, cada cabeça tem sua origem em um determinado local.
Diante disso, a cabeça longa do tríceps tem sua origem localizada no tubérculo infraglenoidal da escapula.
Já a cabeça curta ou lateral tem seu ponto de origem localizado na metade proximal da face posterior do corpo do úmero.
Por fim, a cabeça medial tem sua origem localizada na metade distal da face posterior do corpo do úmero. Um ponto importante a salientar é que a inserção das três cabeças do tríceps braquial está localizada no olecrano da ulna.
Diante da descrição dos pontos de origem e inserção, pode-se visualizar que somente a cabeça longa do tríceps braquial “cruza” duas articulações, ou seja, a articulação glenoumeral/ombro e a do cotovelo, sendo assim biarticular. Porém, as outras duas cabeças “cruzam” apenas a articulação do cotovelo, sendo então monoarticulares.
Quais os movimentos que as três cabeças do tríceps braquial produzem?
Analisando incialmente a cabeça longa do tríceps braquial como descrito acima ela é biarticular ou seja, tem a capacidade de atuar em movimentos da articulação glenoumeral/ombro e cotovelo. Como o seu tendão de origem passa pela face posterior da articulação glenoumeral, essa cabeça do tríceps ao se contrair terá a capacidade de participar dos movimentos de extensão, adução coronal e abdução transversal glenoumeral/ombro.
É importante frisar que nesse movimento de extensão glenoumeral/ombro a cabeça longa do tríceps braquial atuará em sinergismo com o músculos latíssimo do dorso (motor primário da extensão glenoumeral/ombro a partir de um flexão ombro) e deltoide porção/feixe posterior. Entretanto, a sua maior contribuição para auxiliar na extensão do ombro ocorre quando o membro superior é estendido além do alinhamento com o tronco. Ou seja, quando seguimento braço é projetado para trás em relação ao tronco, o tríceps cabeça longa terá uma maior contribuição. Este comportamento ocorre principalmente pela não ação do latíssimo do dorso para produzir o movimento.
Já para o movimento de adução a cabeça longa do tríceps braquial atuará em sinergismos com os principais adutores glenoumerais com peitoral maior, latíssimo do dorso e redondo maior.
Já para o movimento de abdução transversal ela (cabeça longa do tríceps) atuará em sinergismos com o deltoide posterior, romboides maior/menor e trapézio principalmente as fibras mediais. E obviamente como o tendão de inserção dessa cabeça do tríceps passa por trás da articulação do cotovelo, a cabeça longa também é uma extensora do cotovelo.
É importante salientar que o movimento ao qual o cabeça longa e assim todo tríceps braquial é motor primário é na extensão do cotovelo. Já a cabeça curta/lateral e medial como somente “cruzam” posteriormente a articulação do cotovelo, sendo assim monoarticular, obviamente terão a capacidade apenas de produzir movimento no cotovelo. Assim, produzem em sinergismo com a cabeça longa a extensão do cotovelo.
Qual a aplicação prática disto?
O conhecimento do envolvimento ou trabalho muscular em determinados movimentos é fundamental para que o personal trainer consiga selecionar e também definir a ordem dos exercícios.
Assim, o treinamento poderá ser aplicado com maior eficiência ao cliente, e alcançar os objetivos. Portanto, o conhecimento técnico da cinesiologia é primordial.
Alunos, analisem a vídeo aula.