No vídeo de hoje da série Cinesiologia Vetorial, analisaremos um aspecto diferente do músculo flexor do Cotovelo, ou seja, analisaremos a ação dos músculos Bíceps Braquial, em diferentes ângulos de flexão do cotovelo.
Qual o posicionamento anatômico dos músculos flexores do Cotovelo?
O músculos Bíceps Braquial e Braquial, estão posicionados na face anterior do seguimento Braço, porém o Braquial, está em uma região mais interna, ou seja, é o músculo interno dos flexores do cotovelo e está abaixo do Bíceps Braquial. Já o Bíceps Braquial por sua vez, é um músculo superficial e estético, e de fácil identificação.
O Braquiorradial, que o outro músculo que compõem os flexores do cotovelo, está posicionado anatomicamente na face anterolatero do Antebraço, porém todos são flexores do cotovelo, ou seja, produzem o movimento de flexão de cotovelo quando se contraem.
Quais são os ângulos que será realizado a análise vetorial de ação do flexor do cotovelo, Bíceps Braquial?
Os ângulos utilizados para a análise serão de 180° de flexão de cotovelo, realizaremos a analise vetorial também com o ângulo de 90° da flexão do cotovelo, e por fim analisaremos o trabalho muscular do Bíceps Braquial em um ângulo menor que 90°.
Como realizar a análise cinesiologica vetorial, do músculo Bíceps Braquial que compõem os flexores do cotovelo?
Seguindo o passo a passo descrito e apresentado na primeira vídeo aula, você deverá primeiramente identificar o músculo a ser analisado, e na sequência isolá-lo. Em seguida você deverá identificar as extremidades do Bíceps Braquial que é um dos flexores do cotovelo, ou seja, identificar a origem e inserção do Bíceps Braquial. Pois será nessa extremidade da inserção, que deverá ser traçada a linha pontilhada, que representará o eixo longitudinal do seguimento ósseo que será movimentado.
É importante você identificar para traçar o vetor resultante de tração do Bíceps Braquial, a direção e o sentido das fibras do músculo, que se encontra próxima ao tendão de inserção, ou seja, identificar o ângulo do tendão que está fixado no tecido ósseo, e ai sim, projetar o vetor resultante de tração acompanhando a direção e o sentido do tendão do Bíceps Braquial.
Hoje analisaremos somente ação vetorial de tração do músculo Bíceps Braquial dos flexores do cotovelo, em diferentes ângulos de flexão do cotovelo.
Como posicionar o vetor resultante do Bíceps Braquial? E qual a ação muscular do Bíceps Braquial, em um ângulo de aproximadamente 180° de flexão do Cotovelo?
Como descrito acima no texto, o vetor resultante de tração deverá acompanhar a direção e o sentido do tendão de inserção do Bíceps Braquial, junto ao tecido ósseo. Então o vetor resultante de tração do Bíceps Braquial com um ângulo de 180° de flexão do cotovelo, terá um direção praticamente verticalizada, com um sentido de baixo para cima.
Realizando agora a decomposição vetorial, do vetor resultante de tração do Bíceps Braquial a 180°, deverá ser traçado um componente vetorial perpendicular, e outro componente vetorial paralelo ao eixo longitudinal da peça óssea que se move. Perceberemos nesse ângulo de análise para o Bíceps Braquial, que o componente vetorial que está paralelo ao eixo longitudinal é coaptador da articulação do cotovelo, e o componente vetorial perpendicular que efetivamente produzirá o movimento de flexão do cotovelo.
Qual o comportamento do vetor resultante de tração, e dos componentes vetoriais do Bíceps Braquial, no ângulo de 90° de flexão de cotovelo?
Já no ângulo de 90° de flexão do cotovelo, o Bíceps Braquial apresenta um vetor resultante de tração, na direção com uma leve inclinação obliqua, o seu sentido é de baixo para cima, e da direita para a esquerda. Realizando a decomposição vetorial do vetor resultante, um componente vetorial deverá ser traçado perpendicular ao eixo longitudinal da peça óssea, que é o vetor que efetivamente produzirá tração.
Já o componente vetorial ou vetor paralelo ao eixo longitudinal, será de uma magnitude menor comparado com o vetor paralelo com o ângulo de aproximadamente 180°, porém a ainda o componente vetorial paralelo ao eixo longitudinal no ângulo analisado agora de 90°, terá um comportamento coaptador da articulação do cotovelo, porque ele impulsiona todo o seguimento do antebraço, contra a articulação do cotovelo, e com isso encaixando as faces ósseas, e produzindo uma força coaptadora.
Um ponto importante para frisar é que a magnitude do componente vetorial paralelo ao eixo longitudinal. Quando o ângulo é de 180°,esse componente vetorial é bem maior, que a magnitude do componente vetorial a 90° de flexão do cotovelo, ou seja, o componente vetorial paralelo do Bíceps Braquial ao eixo longitudinal, que tem capacidade de coaptação da articulação do cotovelo, descresse muito em relação a sua capacidade coaptadora comparada ao ângulo de 180°.
Qual o comportamento vetorial do Bíceps Braquial, no ângulo menor que 90° de flexão do cotovelo?
Posicionado o vetor resultante de tração do Bíceps Braquial, em um ângulo menor de 90° de flexão de cotovelo, você notará que ele se encontra na direção obliqua, nos sentido de baixo para cima, e da direita para esquerda.
Realizando a decomposição vetorial do vetor resultante de tração, teremos um componente vetorial perpendicular ao eixo longitudinal. Já o outro componente vetorial paralelo ao eixo longitudinal, você notará que ele está em um sentido diferente das análises nos outros ângulos.
O componente vetorial que está perpendicular ao eixo longitudinal , é efetivamente o vetor que produz o movimento de flexão do cotovelo, porém nesse ângulo de analise menor que 90° o componente vetorial paralelo ao eixo longitudinal, que em 90° de flexão de cotovelo tinha uma pequena capacidade de estabilizar a articulação do cotovelo, ou como no ângulo de 180° uma grande capacidade de estabilizar , agora no ângulo menor que 90° apresenta uma capacidade de desestabilizar a articulação do cotovelo, ou seja, no ângulo menor que 90° parte da força de tração produzida pelo Bíceps Braquial é utilizada como decoptador da articulação do cotovelo.
Lembrando que existem ligamentos, e principalmente outros músculos que iram realizar co-contração muscular e estabilizar a articulação do cotovelo. Mas isolando a ação vetorial do Bíceps Braquial em ângulos menores de 90°, parte da ação vetorial do Bíceps Braquial, se torna de decoaptação e não coaptação.
Qual a informação nova do vídeo de hoje?
Quando alteramos os ângulos de análise cinesiológica vetorial, a força de geração de torque do Bíceps Braquial se altera em função dos ângulos, que é representada pelo componente vetorial perpendicular ao eixo longitudinal.
Já o outro componente vetorial paralelo ao eixo longitudinal, por vezes é forte coaptador, por vezes é fraco coaptador, e por vezes também passa a ser decoaptador da articulação do cotovelo.
Então seguidor não perca a vídeo aula de hoje, e tire todas suas dúvidas dobre a ação vetorial do Bíceps Braquial um dos músculos flexores do cotovelo, em diferentes ângulos de flexão do cotovelo.