O chute de tríceps na polia tem como característica mais articulações estaticamente do que dinamicamente envolvidas.
O Treino em Foco desenvolveu um passo a passo para realizar a análise de determinados exercícios e com isso conseguir identificar qual músculos estão sendo acionados de forma dinâmica e também estática ou isométrica. Ou seja, deve-se primeiro identificar em que direção e sentido está a resistência; segundo passo, identificar como está a estabilização corporal; terceiro passo, observar quais as articulações dinamicamente envolvidas; quarto passo, analisar as articulações estaticamente envolvidas. Entendemos que com esse passo a passo fica muito simples conseguir identificar os músculos envolvidos em um determinado exercício.
Em qual direção e sentido encontra-se a resistência no chute de tríceps na polia?
Neste exercício existem duas resistências agindo. A primeira diz respeito a resistência gravitacional agindo sobre todo o corpo do aluno/cliente ao executar esse exercício. Ou seja, a força gravitacional que é de 9,81m/s² está na direção vertical de cima para baixo, assim tenderá a projetar o corpo do aluno/cliente em direção ao solo.
A segunda resistência advém das placas de peso. Isto é, as placas de peso estão também sob ação gravitacional também no sentido vertical e de cima para baixo. Porém, essa resistência gerada pelas placas será deslocada através das polias e cabo tomará uma direção obliqua seguindo o sentido do cabo. Assim, a segunda resistência está no sentido e direção do cabo.
Qual a forma de estabilização produzida?
No chute de tríceps na polia a estabilização corporal se da com um afastamento lateral do pés. Além disso, para executar o exercício o aluno/cliente deverá encontrar-se com uma flexão do quadril, e uma ligeira flexão dos joelhos visando aumentar a estabilização corporal.
Quais as articulações e músculos dinamicamente envolvidos no chute de tríceps na polia?
Especificamente neste exercício existe apenas uma articulação dinamicamente envolvida. Como pode-se notar no vídeo somente o cotovelo está produzindo movimento dinâmico. Assim, durante a fase concêntrica do movimento, onde o aluno/cliente deverá vencer a resistência (placas de peso) ocorrerá o acionamento e contração concêntrica, isto é encurtamento do tríceps braquial e ancôneo.
Já durante a fase excêntrica, a resistência (placas de peso) produzirá a movimento de flexão dos cotovelos. No entanto, como podemos identificar no vídeo o movimento não ocorreu de forma balística, pois novamente os extensores do cotovelo agora serão acionados em contração excêntrica produzindo o que o Treino em Foco chama de freio excêntrico. Assim, pode-se entender que tanto durante a fase concêntrica como excêntrico os extensores do cotovelo serão acionados.
Quais as articulação e músculos estaticamente envolvidos no chute de tríceps na polia?
No chute de tríceps temos grande número de articulação estaticamente evolvidas. Assim, a força gravitacional tenderá a produzir o movimento de flexão cervical. Porém, esse movimento não ocorrerá em virtude da contração isométrica do extensores cervicais. Outra tendência de movimento a ser produzida é uma flexão toracolombar da colune vertebral. Assim, este movimento não ocorrerá em decorrência do acionamento isométrico dos eretores da espinha (iliocostal, longuíssimo e espinhal) e também com o sinergismo de atuação do quadrado lombar, semiespinhal, rotadores, multifídos e interespinhais.
Ainda, para evitar a tendência de movimento de flexão do quadril mais exacerbada ao extensores do quadril (glúteo máximo e isquiotibiais) que são antagonista a este movimento (flexão do quadril) serão acionados em contração isométrica. Já para evitar a tendência de acentuação da flexão dos joelhos, os antagonistas, ou seja, os extensores dos joelhos (quadríceps) serão acionados em contração isométrica. Por fim, para evitar a tendência de dorsiflexão, os flexores plantares (gastrocnêmicos laterais, mediais e sóleo) serão também acionados em contração isométrica.
Seguidores, acompanhem a vídeo aula.