Qual a estratégia de execução da rosca direta com barra que alguns profissionais preconizam nas salas de treinamento resistido com pesos ou musculação?
A rosca direta com barra é um dos exercícios mais clássicos das salas de Treinamento Resistido com Pesos (TRP) ou musculação. Como todos sabem, tem como principal objetivo treinar os flexores do cotovelo (bíceps braquial, braquial e braquiorradial). Na sua técnica de execução, consiste em realizar uma flexão dos cotovelos, mantendo o seguimento braço ao longo do corpo, ou seja, sem nenhuma movimentação dinâmica do ombro tanto na fase concêntrica como excêntrica.
Entretanto, como o bíceps braquial é composto pela cabeça longa que está posicionada lateralmente a face anterior do seguimento braço e cabeça curta que está posicionada na face medial, alguns profissionais e até mesmo alunos/clientes por conta própria modificam a largura da pegada na barra com o intuito de aumentar o trabalho em uma dessas cabeças. Ou seja, realizam uma pegada mais aberta na barra com o intuito de aumentar a ênfase do trabalho sobre a cabeça curta do bíceps, isto é a parte medial. Por outro lado, com o intuito de aumentar o trabalho na cabeça longa realizam uma pegada mais fechada em relação a largura do ombro na barra.
Mas, será mesmo que realizar essas variações aumenta o trabalho muscular?
Não. Nesta vídeo aula, testamos a modificação da largura da pegada durante a execução da rosca direta com barra. No entanto, ao realizar esse teste não notamos nenhuma modificação entre na ativação muscular do bíceps braquial ao executar a rosca direta com pegada fechada (largura dos ombros) ou aberta em relação a largura dos ombros.
Diante disso, a lógica preconizada por muitos profissionais e também alguns alunos/clientes de modificar a largura d pegada para produzir uma alteração na ativação do bíceps durante a rosca direta com barra não é verdadeira.
Então, qual a melhor pegada para executar a rosca direta com barra?
Diante do apresentado no experimento, entendemos (Treino em FOCO) que o profissional deveria prescrever a execução da rosca direta com barra com uma pegada que seja a mais natural e fisiológica para o aluno/cliente.
Um ponto importante a salientar, é que o ângulo de carga do seguimento braço, isto é o eixo longitudinal do braço com o eixo longitudinal do antebraço não formam um ângulo de 180º. Assim, será produzido um valgo fisiológico do cotovelo, que é a formação de um ângulo menor que 180º na região do cotovelo. Diante disso, é interessante que o personal trainer visualize o “tamanho” desse valgo e venha a orientar o posicionamento das mãos sobre a barra respeitando esse valgo fisiológico. Essa é uma estratégia interessante para evitar alguma lesão no cotovelo do aluno/cliente.
Alunos, analisem a vídeo aula!!!