Por que seria interessante associar a avaliação morfológica via ultrassom e antropometria?
Para conseguir entender a lógica de associar essas duas avaliações é necessário entender o que elas conseguem mensurar. A ultrassom tem a capacidade de mensurar a espessura tanto de gordura subcutânea e muscular. Ou seja, se possível observar a profundidade de gordura e também muscular. Já a antropometria, principalmente no momento em que se realizar as medidas de perímetro é possível de uma forma bem mais indireta que a ultrassonografia, de mensurar a largura de um determinado seguimento.
Portanto, como essas duas avaliações conseguem visualizar pontos diferentes, o Treino em FOCO entende que seria interessante em determinadas situações acoplar as duas, para ter uma melhor visão da morfologia do aluno/cliente.
Diante da peculiaridade da avaliação morfológica via ultrassom e antropometria, em qual situação seria interessante associa-las?
Vamos imaginar que um personal trainer tenha dois alunos/clientes que iniciaram a prática de treinamento resistido com pesos tendo como foco principal o aumento do volume muscular, ou seja hipertrofia muscular. Assim, após as avaliações iniciais, o personal trainer começa a aplicar o treinamento para esse objetivo.
Porém, após um determinado período de aplicação do treino, vamos utilizar um período temporal de dois meses somente de forma didática, o personal trainer novamente realiza as avaliações antropométricas. No entanto, já em uma análise visual identifica que o aluno/cliente A parece estar com um volume muscular do seguimento braço maior em relação ao B. Assim, ao realizar a medida do perímetro deste seguimento identifica que o aluno/cliente A está com 40 cm e o B está com 36 cm.
Entretanto, ao aplicar a avaliação morfológica via ultrassom, o personal trainer observa que o aluno/cliente B tem um valor de espessura muscular maior em relação ao A. Mas, como isso pode ser possível se o aluno/cliente A tem um valor de perímetro maior? Sim, este cenário é totalmente possível de acontecer, pois quando se realiza a medida do perímetro do seguimento, também é levado em consideração o volume do tríceps. Diante disso, e realização da medida via ultrassom do tríceps braquial passa a ser fundamental, para identificar se o volume muscular do tríceps é quem está de fato influenciado o maior perímetro. Desta forma, no nosso exemplo quando o personal trainer realiza a medida via ultrassom do tríceps do aluno/cliente A observa que seu tríceps tem uma espessura muscular muito maior em relação ao B. Portanto, o que explica esse cenário no seguimento braço é a maior espessura do tríceps.
Para quais seguimentos corporais seriam interessantes realizar essa associação entre ultrassom e antropometria?
O Treino em FOCO entende que se pode realizar essas relações para vários seguimentos corporais. Por exemplo, como já citado no exemplo do texto pode-se utilizar essa lógica no seguimento, para observar se bíceps ou tríceps está com um desenvolvimento maior; realizar a medida do perímetro do tronco superior e depois a ultrassom para observar se o peitoral ou latíssimo do dorso, trapézio e romboides estão influenciando mais o valor do perímetro; mensurar o perímetro da coxa e depois a ultrassom do quadríceps e isquiotibiais e analisar a espessura de gordura subcutânea e muscular e identificar qual está influenciando mais o perímetro.
Obviamente, em virtude de diferentes arquiteturas é necessário tomar um certo cuidado ao realizar a comparação entre dois músculos pares antagônicos. Porém, o Treino em FOCO entende que para conseguir ter uma visão mais detalhada da morfológica do aluno/cliente e também para conseguir observar a sua resposta ao treinamento, essa seria uma estratégia interessante.
Alunos, analisem a vídeo aula!!!