Cargas assimétricas para hipertrofia?

Cargas assimétricas podem sim ser uma estratégia efetiva de treinamento na musculação

Cargas assimétricas gera maior ativação muscular?

Sim. Em um estudo bem interessante Saeterbakken et al., (2020), observaram que do lado em que estava a maior quilagem no supino reto, ocorreu maior ativação do peitoral maior, deltoide anterior e também do tríceps braquial.

Além disso, um dado bem interessante é que quando se tem as cargas assimétricas, ocorre forte tendência para que se rode o tronco como um todo para o lado que se tem o maior peso. Assim, os músculos oblíquos externos do lado oposto, tiveram maior ativação muscular para estabilizar o corpo.

Portanto, do ponto de vista aguado, analisado pela atividade eletromiográfica, ocorre maior participação dos músculos envolvidos diretamente no exercício (peitoral maior, deltoide anterior e tríceps braquial) do lado em que se tem a maior quilagem.

Cargas assimétricas e hipertrofia muscular – qual a relação?

Assim, em outro estudo Scharp et al., (2023), um grupo treinou de forma clássica o supino reto e o outro de forma assimétrica. No entanto, neste grupo com cargas assimétricas, os voluntários realizaram duas séries com maior peso de um lado e depois inverteu a lógica, realizando duas séries com maior peso do outro lado. Por fim, para finalizar as cinco séries e deixar o trabalho equalizado, realizaram mais uma série de forma simétrica.

Ao final, notou-se que após oito sessões de treino, ambos os protocolos geraram ganhos significativos de hipertrofia muscular (analisada via ultrassonografia). Todavia, o grupo que treinou com cargas assimétricas teve maiores ganhos de hipertrofia muscular.

Qual a aplicação prática que se pode ter?

Portanto, para algum cliente que apresente alguma assimétrica de volume muscular, por exemplo do músculo peitoral maior, aplicar em algum período de treinamento a estratégia de cargas assimétricas pode ser uma estratégia interessante.

Analisem a vídeo aula!!!