A distância do aluno/cliente da polia poderá alterar o ponto de ocorrência do maior e menor braço de alavanca da resistência na rosca direta no cabo.
Qual o ponto de maior e menor torque resistivo e muscular durante a execução da rosca direta no cabo?
Para compreender em que ponto ocorrerá o maior e menor torque resistido e muscular é necessário entender que a resistência, em exercício na polia, está sempre no sentido do cabo. Ainda, para análise a magnitude do braço de alavanca da resistência sempre deverá ser observado a distância perpendicular, ou seja, que forma um ângulo de 90° entre a projeção da resistência e a projeção do eixo articular.
Diante disso, no exercício de rosca direta no cabo unilateral ou bilateral, quando o aluno/cliente estiver no início do movimento, ou seja, com os cotovelos quase ou completamente estendidos a distância perpendicular entre as projeções citadas acima, será pequena. Com isso, o torque resistido e muscular será pequeno também. Entretanto, quando aluno/cliente começar a executar a fase concêntrica do movimento, isto é a flexão dos cotovelos, a distância perpendicular começara a aumentar e com isso o braço de alavanca, torque resistivo e muscular. Já ao alcançar o ângulo de 90° de flexão do cotovelo, esses será o ponto do maior braço de alavanca e consequentemente o torque resistido e muscular. Diante disso, esse será o ponto de maior exigência muscular para os músculos flexores do cotovelo (bíceps braquial, braquial e braquiorradial).
Entretanto, ao continuar executando a flexão dos cotovelos, a distância entre as projeções começará a reduzir. Assim, o braço de alavanca da resistência, torque resistivo e muscular também. Diante disso, pode-se entender que no começo do movimento e nos ângulo finais de flexão do cotovelo serão os pontos de menor braço de alavanca e consequentemente de exigência muscular.
E se o aluno/cliente se afastar da polia, o que acontece?
Muitas alunos/clientes executam o exercício de rosca direta no cabo bilateral e unilateral com um grande afastamento da polia. Ao realizar essa estratégia, o cabo encontrara-se mais inclinado. Com isso, no início do movimento já será produzido uma distância perpendicular entre as projeções maior do que quando o aluno/cliente está mais próximo a polia. Com isso, já será produzido um torque resistivo e muscular interessante.
Já quando o aluno/cliente vai realizando o movimento de flexão do cotovelo, durante a fase concêntrica do movimento, a distância perpendicular começará aumentar. Assim, aumentando o torque resistivo e muscular. Porém, ao contrário do variação citada acima, o maior braço de alavanca da resistência será dará um pouco acima do ângulo de 90°. Portanto, o maior torque resistivo e muscular se dará em um ângulo de flexão do cotovelo maior. Já quando aluno/cliente continuar a flexionar o cotovelo, a distância perpendicular irá reduzir-se e com isso o torque resistido e muscular também. Porém, um ponto interessante é que no final da fase concêntrica nesta segunda variação o braço de alavanca não reduz de forma tão significativa como ocorre na primeira variação. Portanto, no final da fase concêntrica a segunda variação produzirá uma esforço mais intenso.
Mais do ponto de vista prático o que isso quer dizer?
Imaginando que o personal trainer tenha um aluno/cliente que está iniciando na prático treinamento resistido com pesos ou musculação. Como se busca desenvolver neste aluno/cliente em um primeiro momento a capacidade coordenativa, seria interessante realizar a primeira variação do exercício. Pois, nesta analisando a relação força-comprimento, no momento em que o músculos estiver mais encurtado, final da fase concêntrica do movimento, será o momento onde se produzirá um alivio no torque resistivo. Isso, poderá proporcionar que o aluno/cliente consiga executar o exercício com uma técnica melhor.
Por outro lado, se o personal esteja trabalhando com um aluno/cliente avançado, onde produziu um maior estresse fisiológico passa a ser mais incessante para produção de adaptações fisiológicas a segunda variação passa a ser interessante. Com essa variação, analisando a relação força-comprimento no momento em que o músculos estiver com um maior encurtamento, ocorrerá o maior braço de alavanca da resistência e com isso torque resistivo e muscular. Dessa forma, poderá ser necessário a ocorrência da necessidade de um maior recrutamento de unidades motoras para realizar o exercício (hipótese ainda não se tem estudos mostrando esse comportamento). Portanto, poderá ser produzido um maior estrese fisiológico.
Seguidores, não percam a vídeo aula de hoje e verifiquem a análise da rosca direta no cabo.