No TEF Responde de hoje, recebemos uma pergunta bem interessante do seguidor Matheus Vitor e é referente a serie Performance em FOCO, a pergunta dele foi:
Jefferson com 5 % de gordura? Ele é magro mas esse número está estranho. E esse valor do Vo2 máx de 60 a genética dele é muito boa então?
Então o Matheus está questionando os resultados do Jefferson.
Quais as características da medida do percentual de gordura?
Matheus e demais seguidores do Treino em Foco, quando medimos o percentual de gordura do Jefferson, o professor João Moura efetivamente mediu as dobra cutâneas e alguns perímetros corporais.
Essas dobras cutâneas e esse perímetros corporais são introduzidos, em equações preditivas, que por sua vez iram transformar esses resultados em densidade corporal, na sequencia esse resultado de densidade corporal é introduzido dentro de outra equação, e essa última equação transforma o valor de densidade corporal em percentual de gordura.
Quando se realiza esse procedimento citado anteriormente, ou seja, o método antropométrico ou medida antropométrica utilizando essa forma para chegar ao valor do percentual de gordura, é descrito na literatura cientifica como método duplamente indireto. Porque nós temos duas fases de equação até chegar no resultado final que é do valor de percentual de gordura.
Quais as características das equações preditivas?
Existem equação preditivas, que ao introduzirmos as variáveis, de dobras cutâneas e perímetros corporais, elas já predizem o percentual de gordura diretamente, sem precisar realizar uma equação para predizer a densidade corporal. Então são equações preditivas chamadas de equações indiretas.
Qual a maneira mais confiável de fazer a obtenção do percentual de gordura, ou seja, qual o padrão ouro?
O padrão ouro de análise do percentual de gordura, é a dissecação, essa é forma de realizar com o a mínima margem de erro, portanto é a forma mais precisa que temos até hoje para identificar o percentual de gordura, de qualquer pessoa.
Porém, dissecação só em cadáveres, não tem como utilizarmos na pratica esse método, mas é o método padrão ouro, e com mínima margem de erro, vejam bem, estamos falando de mínima margem de erro, pois todo método tem uma limitação, que leva a uma pequena, média ou grande margem de erro.
Se utilizarmos por exemplo o Dexa como instrumento de medida do percentual de gordura, as limitações existiram, porém serão menores. Como utilizamos o método antropométrico essas limitações são um pouco maiores.
Mas o que isso tem a ver com a pergunta do seguidor Matheus Vitor?
Quanto mais limitações tiver em um método, a margem de estarmos ou não completamente correto aumenta, ou seja, a possibilidade de variações em torno do valor real aumenta. Então o percentual de gordura do Jefferson pode ser exatamente 5%, estimado pela equação preditiva utilizada, mas o percentual de gordura do Jefferson pode ser um pouco maior, ou um pouco menor do que 5 %, porque a equação preditiva apresenta suas limitações, e para quem entende de estatística sabe que nessas equações preditivas, é apresentado o coeficiente de correlação, que mostra o grau de correlação do resultado obtido na medida, comparado ao padrão ouro, como critério de validação. Apresenta também o EPE (erro padrão de estimativa), que mede a média de margem de erro daquela equação preditiva do percentual de gordura. Pois normalmente para uma equação preditiva do percentual de gordura ser validade, ela deverá apresentar um EPE, pequeno, ou seja, EPE deve ser pequeno para a equação ser aceita.
Então no caso da série Performance em FOCO, não é tão importante saber se o Jefferson, tem exatamente 5% de percentual de gordura, o importante na série é mantermos o mesmo padrão de medida, manter as mesmas equação sutilizadas, porque se houver um erro padrão de estimativa pequeno ou grande nessa equação, ela será mantida nas próximas avaliações, e o erro será constante.
Qual a conclusão analisando esses fatores das equações preditivas?
Então o percentual de gordura representado pela equação preditiva de Jackson e Pollock, de 7 dobras cutâneas, que estimou para o Jefferson 5 % de percentual de gordura, o Treino em Foco aceita como um valor real, muito próximo do valor verdadeiro.
E esse é o valor que iremos monitorar ao longo do ano de 2016, e isso que nos interessa.
Qual a maneira de realizar obter o VO2 máx, diretamente?
O teste do VO2 máx, onde é utilizado uma mascara aonde o indivíduo inala e exala gases, e notadamente os mais importante oxigênio e dióxido de carbono, respectivamente. Com utilização dessa máscara e a coleta de gases feito por um instrumento especifico, nós conseguiremos observar a cada troca de estágio, e até o final do teste do VO2 máx, qual é a troca gasosa do indivíduo, ou seja, quando está entrando de oxigênio, e quanto esta saindo de oxigênio, na inspiração e expiração, e quanto está entrando de dióxido de carbono na inspiração, e quando está saindo na expiração.
E dessa troca gasosa, se torna mais precisa o valor do VO2 Máx, esse processo é chamado de ergoespirometria, e esse não foi o teste realizado.
Como foi realizado para estimativa do VO2 máx, do Jefferson e da Tati?
Estimamos o VO2 máx, do Jefferson e da Tati, através do MET que o próprio display da esteira fornece pela carga, que é influenciado pela velocidade e inclinação.
Então a partir desse MET se estimava o VO2 máx, em mililitros por quilograma por minuto, de consumo de oxigênio estimado. Se o valor do Jefferson é um pouco maior ou menor, isso pode ser questionado, porque o método é indireto para estima o VO2 máx, e apresenta suas limitação.
Mas independentemente dessa limitação, o ponto crucial é monitorar o valor ao longo do ano, então o que nos interessa é monitor a evolução do Jefferson.
Então seguidor não perca a vídeo aula de hoje, e tire todas suas dúvidas sobre o percentual de gordura estimado par ao Jefferson, e o teste de estimativa do VO2 máx.